quinta-feira, 16 de junho de 2011

Caminhos da Fé

Recentemente tive a oportunidade de voltar no tempo e acompanhar a peregrinação de fieis em torno da imagem de Santa Isabel, padroeira da cidade onde resido atualmente e que no mês de julho comemora mais um aniversário. Na ocasião a pequena imagem trazida por portugueses no século passado, era recebida por fieis, que saudavam sua chegada com fogos de artifício e palmas. A simplicidade do momento e fé do povo do campo alimentava a fé primitiva em torno dos santos católicos.
Longe dos debates atuais sobre a verdadeira religião, que modéstia parte acredito não existir no mundo terreno, estavam presentes ali a fé, o acreditar, e o pedido por saúde, trabalho e alimento na mesa. Coisas essenciais para o caboclo que trabalha na inchada o dia todo de sol a sol sem reclamar e pequenas demais para o homem da cidade grande que busca dinheiro e status.
Presenciar aquela celebração silenciosa, onde a homilia do padre se alternava ao som do vento frio do inverno era o melhor momento pra meditar e por um tempo sair da realidade estressante em busca do sagrado.
Acredito que essas manifestações religiosas que outrora já foram maiores, hoje lutam para não cair no esquecimento e aos poucos começam a disputar espaço com um novo nicho comercial que pode ser chamado de “negócios da fé”.
Amante da cultura, vejo nos rituais cristãos, budistas, judeus, indianos e tantos outros, a prova viva da existência de algo maior, algo inexplicável, mas presente. Uma fé que move montanha.
Toda religião tem sua importância, e por isso seus dogmas e credos devem ser respeitados, caso contrário irá se criar uma disputa entre elas e seu objetivo principal será quebrado. A fé da força as pessoas e ajuda a superar situações inexplicáveis para a ciência, manchar ou criticar essas crendices é o mesmo que tirar a esperança de alguém que em alguns casos só tem ela.

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