quinta-feira, 14 de julho de 2011

Solta o cururu então DJ, ops! perdão. Solta o cururu violeiro.


Não vou mentir, mas que é complicado alimentar o blog semanalmente é. No começo achei que seria mais fácil, ideias e assuntos não faltam, mas sentar em frente de um computador e transcrever toda essa informação pra ele é o difícil, mas vou tentando. A vocês só peço paciência.
No último sábado, dia 9,  presenciei uma manifestação cultural muito antiga, de fato achei que ela nem existia mais, no entanto fui surpreendido novamente, e pelo que parece isso já está se tornando uma constante na minha vida.
Você sabe o que é "cururu"? Estranho né, nem eu sabia.
Mas já vou explicar, cururu é uma dança folclórica, alguns dizem que ela é uma tipica dança regional  feita em versos e cantada por violeiros. Na pratica, os tocadores de viola são responsáveis por puxar a dança, onde forma-se duas filas e os participantes literalmente batem o pé no chão. Não vou mentir, há primeira vista achei que fosse uma modalidade primitiva do sapateado.  Meu cérebro já estava  matutando sobre as possíveis origens daquela dança, e eis que no ápice da minha ignorância, uma senhora sem instrução didática ou acadêmica da uma lição sobre aquilo que eu presenciava.
Ao final ficou no pensamento se existe data pra esses costumes serem extintos definitivamente. Um dos fatores que levantou essa questão foi ver apenas pessoas mais velhas praticando essa dança.
Onde está a juventude, será que esses passos já estão ultrapassados para os tempos modernos, ou alguém está esquecendo de investir e incentivar a cultura brasileira.

Um grande abraços a todos,
Até breve.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E essa coisa de dignidade?

Esses dias a caminho para uma festa um dos meus amigos comentou que uma moradora de rua havia morrido na noite passada devido ao frio.
A conversa fazia parte de uma série de comentários que surgiam conforme íamos andando, porém, essa situação que nas palavras dele era comum e de certa forma de se esperar, tinha um agravante muito grande. A dignidade dos moradores de rua e a tranquilidade com que ele narrava o acontecido.
Apesar da minha indignação, continuamos a andar, fomos a balada, nos divertimos, voltamos pra casa, dormimos com dois ou mais edredons e ainda durante a noite tivemos o mimo de receber ainda na cama uma xícara de chocolate quente.
Conclusão, a situação que pareceu comum aos olhos do meu amigo, na verdade é comum aos olhos da sociedade. Hoje o crime, o trabalho infantil, o roubo, o estupro, o vandalismo, as drogas e as bebidas, já fazem parte do dia-a-dia das pessoas.
Apesar do jornalismo justiceiro feito por apresentares como Datena, isso na minha opinião de nada serve e só mostra que situações reais viram um grande espetáculo midiático. Pessoas morrendo, jornalistas mostrando, governantes dizendo que vão arrumar, e mais bláblábláblá.
Final da história nada resolvido, os problemas continuam e a imprensa passa a pautar uma coisa mais interessante. De quem é a culpa? Do Datena, dos Governantes, ou de nós que presenciamos diariamente situações desumanas e nada fazemos?
Responder a essa pergunta nos torna críticos de nós mesmos, e nos mostra que às vezes, e na maioria das vezes fazemos a opção por não enxergar e não ouvir o grito de socorro de quem espera uma esmola dos governantes, e que morre no anonimato sem sequer um pingo de dignidade.

Não posso mudar o mundo, mas atitudes individuais irão iniciar esse processo. Fazer a nossa parte é essencial.

Caminhos da Fé

Recentemente tive a oportunidade de voltar no tempo e acompanhar a peregrinação de fieis em torno da imagem de Santa Isabel, padroeira da cidade onde resido atualmente e que no mês de julho comemora mais um aniversário. Na ocasião a pequena imagem trazida por portugueses no século passado, era recebida por fieis, que saudavam sua chegada com fogos de artifício e palmas. A simplicidade do momento e fé do povo do campo alimentava a fé primitiva em torno dos santos católicos.
Longe dos debates atuais sobre a verdadeira religião, que modéstia parte acredito não existir no mundo terreno, estavam presentes ali a fé, o acreditar, e o pedido por saúde, trabalho e alimento na mesa. Coisas essenciais para o caboclo que trabalha na inchada o dia todo de sol a sol sem reclamar e pequenas demais para o homem da cidade grande que busca dinheiro e status.
Presenciar aquela celebração silenciosa, onde a homilia do padre se alternava ao som do vento frio do inverno era o melhor momento pra meditar e por um tempo sair da realidade estressante em busca do sagrado.
Acredito que essas manifestações religiosas que outrora já foram maiores, hoje lutam para não cair no esquecimento e aos poucos começam a disputar espaço com um novo nicho comercial que pode ser chamado de “negócios da fé”.
Amante da cultura, vejo nos rituais cristãos, budistas, judeus, indianos e tantos outros, a prova viva da existência de algo maior, algo inexplicável, mas presente. Uma fé que move montanha.
Toda religião tem sua importância, e por isso seus dogmas e credos devem ser respeitados, caso contrário irá se criar uma disputa entre elas e seu objetivo principal será quebrado. A fé da força as pessoas e ajuda a superar situações inexplicáveis para a ciência, manchar ou criticar essas crendices é o mesmo que tirar a esperança de alguém que em alguns casos só tem ela.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

OPINIÃO – Nem tudo são flores

Horas bolas, se exercer a comunicação social é tão simples ao ponto de se tirar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, por que as instituições de ensino ainda mantém um pesado sistema de avaliação, afinal, se é para “avacalhar” faça direito sêo MEC, exija das faculdades públicas menos comprometimento e das privadas reajuste nas mensalidades, nada mais justo. Creio que isso seria um bom começo para tornar o ensino superior uma instituição falida, como já acontece com grande parte das escolas públicas brasileiras.
Recentemente fui questionado por um individuo se ele poderia concorrer comigo a uma vaga de jornalismo mesmo não tendo formação na área. Minha resposta foi que sim, afinal, escrever é um dos quesitos básicos pra se viver em sociedade e a comunicação é tão ampla que seria egoísmo dizer que só alguns estão aptos a usá-la.
Porém, uma coisa deve ser levada em conta, imagine uma situação hipotética onde existe uma vaga para Jornalismo e dois concorrentes, um deles com formação e o outro sem, e derrepente no meio da entrevista surge a seguinte pergunta:
Quem de vocês sabe fazer um lead, release, editar uma matéria, montar uma pauta, gravar um off, sonora, diagramar, bater um branco, fazer um script, um boletim, uma escalada, passagem? Na sua opinião, qual dos dois candidatos vai saber responder a essa pergunta?
É, não é fácil não, se um dos concorrentes ficar em dúvida na hora de responder, hummm, segundo meus colegas boêmios, sei não heim, talvez não seja uma boa, tirar a vaga do jornalista.
E a teoria onde fica?  Sempre ouvi dizer que o jornalista é um contador de história, e seria justo que ele não conhecesse a sua.
Exercer a profissão que durante a ditadura era alvo de ameaças e repressões, e que matou nomes como Vladimir Herzog, 1975, além de deixar sequelas em muitas outras vitimadas pelas monstruosas sessões de tortura, parece não ser importante para alguns, no entanto foram decisivas para mudar o rumo da história do país, dados que só sabem aqueles que tiveram na faculdade disciplinas como História da Comunicação.

Vale ressaltar que não adianta querer tampar o sol com peneira, e exigir no fim da faculdade produtos jornalísticos com qualidade sem dar suporte aos alunos. Na minha opinião isso não é nem de longe tentar criar um portfólio para o mercado, mas sim chamá-lo descaradamente de idiota, através de produção criadas as pressas para atender os prazos determinados pelos professores. Bom, se serve de consolo toma um prêmio.

Por fim, deixou claro que não defendo a posição da academia atualmente e ainda digo que alguns dos seus métodos de ensino são ultrapassados para uma sociedade em constante mudança. A teoria deve ser uma extensão da pratica, caso contrario continuaram formando profissionais desqualificados para o mercado e consequentemente para disputar uma vaga.

Até a próxima.

terça-feira, 7 de junho de 2011

CHEGUEI....Tô na área!!!!


Olá,
depois de quase 2 anos sem escrever, cá estou novamente, retornando ao exercicio do jornalismo. Vou tentar, ou melhor dizendo, vou postar constantemente textos de cunho jornalistico e literário nesse blog. Tenho a pretenção de colocar opiniões e criticas sobre a realidade do Brasil e do mundo, dando uma passadinha pelo mundo do cinema nacional e internacional, do esporte, na cola da Copa e das Olimpiadas, do turismo, além de discutir o papel social da mídia e do terceiro setor.
Nas palavras da especialista em sustentabilidade corporativa Juliana Antunnes, a quem tive o prazer de entrevistar recentemente afirmo que é necessário mudanças sociais, ambientais e economicas na sociedade e por isso abro espaço para a discussão sadia desses temas daqui pra frente.

Um grande Abraço,
Até mais,